Estou tranquilo no pranto, Já não mais carrego espanto ao Ver as causas do chorar. Isso não é transcendência, É muito menos: indescência, Carência, dolência... Casar. Pois tenho amado uma moça Com tanta e tanto mais força Do que amei tempo atrás. Cada dia que se passa Mais me afundo na desgraça De amar, amar e chorar. Por vezes vem de alegria, Planos, filhos, fantasia, Vejo-a de branco no altar. Choro também por tristeza, Pois quando vem a crueza Penso que não vou ficar. Vejo, virão outro e outros, Daqueles que caem no gosto Da minha amada em paixão. Se apaixona e se enrola, Se joga e joga amor fora, Fico só, no coração. Aí ele se arrebenta Pulsa sangue em tormenta Tremo em medo e solidão. Fica a presença de um corpo Que vibra mais é com outros Sem alma, sem emoção. Então, seguro meu choro E busco novo consolo Nas palavras que me vêm, E aqui, chorando, escrevo Em meio a lágrima e dedos, Acostumado a sofrer. "Indescência" - da minha parte, Qualquer diria em alarde "La